Centenário da 1ª Guerra Mundial

Integrado no PAA, o grupo disciplinar de História, em articulação com a BE e disciplina de Educação Visual, organizou uma exposição evocativa do centenário da 1ª Guerra Mundial- 1914-1918, com especial destaque para a comemoração dos 100 anos da Batalha de La Lys- 9 de abril de 1918.

A 23 de fevereiro de 1916, na sequência do aprisionamento dos navios alemães e austríacos, refugiados em águas, neutrais, no estuário do Tejo, que os ingleses solicitaram a Portugal. A 9 de maio a Alemanha declara guerra a Portugal e a 24 de maio, o ministro da Guerra, Norton de Matos, publicou um diploma ordenando o recenseamento militar obrigatório de todos os cidadãos, entre 20 e 45 anos foram então criados o CEP (Corpo Expedicionário Português) e mais tarde o CAPI (Corpo de Artilharia Pesada Independente). A preparação do CEP tornou-se prioridade absoluta, iniciando-se o chamado “Milagre de Tancos”.

O CEP, com duas divisões, combateu na Flandres entre novembro de 1917 e 9 de abril de 1918, ocupou um setor da frente entre Armentiére e Bethune, numa distância de 12KM.

Participou em vários combates. A sua intervenção ficou marcada pela batalha de La Lys, travada a 9 de abril de 1918. O CEP foi derrotado pelo exército alemão e inúmeros dos seus efetivos feitos prisioneiros. O que sobrou do CEP deu origem em outubro à formação de três Batalhões que combateram as forças alemãs até ao Armistício.

Desde a entrada de Portugal na guerra até à assinatura do Armistício a 11 de novembro de 1918, Portugal mobilizou mais de 75000 homens para a Flandres.

A exposição integrou trabalhos realizados pelos alunos do 6º ano e 9º ano, no âmbito dos conteúdos programáticos das respetivas disciplinas e uma mostra de documentos alusivos ao centenário da 1ª Guerra Mundial, retirados da imprensa da época- Illustração Portugueza. Na EBI de Pereira alunos do 4º ano fizeram uma visita guiada à exposição, orientada pela BE e foram surpreendidos com a presença de um filho de um bravo pereirense que combateu na Flandres, na batalha de La Lys, avô de um dos alunos, bisneto do soldado. Tratou-se de mais um testemunho vivo do acontecimento. A turma acompanhou a exposição com muita atenção e interesse e com um particular fascínio com as histórias das trincheiras que este avô, ouvira contar ao seu pai.